Entidades Sindicais. Suas ideias não correspondem aos fatos
As entidades sindicais surgem para se contrapor as condições miseráveis em que os trabalhadores eram submetidos. Isso ainda na Revolução Industrial. Dessa situação emergem os conflitos entre operários e patrões.
Na história concreta dos movimentos sindicais, nós trabalhadores em entidades sindicais exercemos um papel crucial que permitem que os dirigentes sindicais tenham a liberdade necessária para exercerem seus movimentos reivindicatórios. Resumindo, somos o ponto de apoio na luta por uma sociedade sem explorados e exploradores. Infelizmente, é muito comum o explorado, na figura do dirigente sindical, virar o explorador.
A precarização das condições de trabalho, tanto combatidas pelos sindicatos é realidade dentro das próprias entidades. Princípios como condições dignas de trabalho, remunerações que supra as necessidades básicas do ser humano, só existe da porta para fora.
Hoje, os avanços dos direitos sociais não conseguem romper as barreiras impostas pelas direções burocráticas que comandam as entidades.
Temos de exigir a valorização do nosso trabalho. Somos nós que criamos as condições ideais para que os movimentos sindicais em geral tenham forças para exigir da classe patronal melhores condições de trabalho e remuneração digna. Nosso labor estar na limpeza, na telefonia, no setor de transporte e na imprensa, dentre outros.
Não há nenhuma ação que não estejamos diretamente envolvidos. Então, porque não exigir dos nossos patrões o mesmo respeito que eles pregam para suas categorias?
Deixamos, sabiamente, o rótulo do “faz tudo” e passamos a trabalhar de forma setorizada e qualificada o que evidenciando a contradição das relações de trabalho. Estamos combatendo essas contradições de forma direta com as entidades e judicialmente, quando necessário.
É difícil acreditar que essas direções serão capazes reconstruir a consciência de classe. Nós trabalhadores em entidades sindicais precisamos nos apropriar dessa consciência. Nos unindo, para que juntos, possamos criar mecanismo de combate e formas de exigir dos nossos patrões aquilo que eles lutam para as suas categorias.